AQUELE HOMEM

Aquele homem
Logo que o vi, me trouxe Alguém.
Envelhecido pelo tempo O vi.

Ao olharmos o abalo da velocidade do coletivo.
Cumprimento; o convite para sentar ao lado.
Fitei -o atentamente e nele O reconheci.

Viagem  minha talvez
Talvez viagem minha
Minha talvez viagem

A pele do tom da noite,
Olhos apagados com brilho de luz,
A boina, o trajar, a voz,
A fala calma cantada.

Mas havia diferenças.

Aquele homem envelhecido pelo tempo.
Não conhecera mais do que o bairro em que viveu,
E o local de seu trabalho.
No coletivo revelou o seu percurso
Num dia que começava mal,
Pois estava longe do que conhecia.

E vendo nele Aquele homem,
Pus - me a ajudá-lo,
O informei de um caminho mais curto.

O banco apertado forçava o toque,
Houve constrangimento de ambas as partes.
Aquele homem - pele escura.

O ponto se aproxima é hora de descer,
com dificuldade aquele homem levanta.
Eu o observo.
Ele me observa por instantes.
Todos gritam que ele ainda não conseguiu descer do coletivo.

Do outro lado,
Pela janela Aquele homem
Olhou profundamente em meus olhos
E fez um sinal de agradecimento.

Ele ficou eu prossegui.

Eu O vi.


Comentários

  1. amei o que vc diz,descreveu exatamente um homen maravilhoso que este de passagem por aqui,assim como um passageiro do coletivo,chegou a hora e elre subiu e não desceu,beijos
    Roseli

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