OS INSETOS
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No amor, na vida, e principalmente no trabalho. Fico pensando: quando tudo irá acabar? Está proximo o fim?
Quando era criança, brincava, aprontava, mas não deixava de saber o momento para cada coisa. Agora não. Vejo-me perdida diante de tanta falta de educação, de sentimento e de raciocínio. Gostaria de esmagá-los feito baratas, mas como as mesmas, eles só se multiplicam, e multiplicam a ignorância do não querer ser e nem saber ser. Só querem não saber do ser que só é ser quando entende que o saber constitui a existência do ser.
Mas como compreender a multiplicação do não ser - o ser inseto?
Pra compreender teríamos que esmiuçar o lixo do passado e do presente não reciclado, aquele despejado na natureza, degradador da beleza. Aquele que é jogado debaixo do tapete, que contribui pro surgimento de insetos e pragas que tentamos nos livrar, mas que para isso precisaríamos faxinar. Faxina que é feita nas coxas, pois os insetos sempre estão lá transmitindo doenças, causando demencias e mortes.
A sociedade já paga e pagará um preço ainda maior por fabricar insetos (pragas), só porque se paga mais barato pro ser que não é ser, pois é inseto; e acreditando que é fácil destruí-los se esquecem que os insetos são mais fortes do que o próprio ser, que julga ser por ter o que o ser inseto não tem - o saber.
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