Tiradentes

No dia 21 de abril comemoramos o feriado de Tiradentes. Considerado patrono cívico do Brasil, patrono das Polícias Militares e herói nacional, Joaquim José da Silva Xavier - tomando de empréstimo uma frase atribuída à Getúlio Vargas - “saiu da vida para entrar na história”, ao ser enforcado exatamente nessa data, no ano de 1792. Na verdade, sua transformação em mito não se deu de forma tão imediata. Seu reconhecimento ocorreu com o advento da República, quando a nova Nação precisava de heróis que personificassem sua grandeza.
Na escola aprendemos desde cedo a história de Tiradentes, mas o que conseguimos reter de sua história nos anos de infância? O seu fim trágico, ocasionado por seu desejo de ver um Brasil independente da condição de colônia de Portugal. É claro que aprendemos que Tiradentes não construiu sozinho a Inconfidência Mineira, havia mais gente no movimento; porém, só ele foi condenado à morte. Mas quem eram os inconfidentes e o que eles queriam de fato? Porque eles queriam a independência? Porque somente Tiradentes morreu?
As abordagens a respeito da trajetória e imagens construídas sobre Tiradentes foram mudando ao longo do tempo, dos governos e das maneiras de analisar a História. As diversas revisões históricas - baseadas em análises de documentos, depoimentos e discursos ideológicos vigentes - têm feito a imagem de Tiradentes variar entre o líder que se sacrificou pelo ideal de nação e o pobre bode expiatório que foi punido por, justamente, não ter posses nem status. O ensino nas escolas também tem procurado acompanhar as mudanças de visões. É só comparar um livro didático dos anos de 1950 e um mais atual. Percebe-se a busca por uma visão mais crítica da História. Sintomas de uma realidade mais próxima da democracia... (BIBLIOTECA VIRTUAL DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO - Casa Civil)
Quer saber mais? Acesse http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/especial/201104-tiradentes.php

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